sexo depois dos 50

Boas razões para manter a vida sexual depois dos 50

Ainda hoje existe muito preconceito quando o assunto é sexo entre pessoas mais velhas. Como se a necessidade de trocar afeto e se deleitar com os prazeres da carne fosse privilégio da juventude. Pura bobagem! Não devemos cair nessa armadilha do etarismo. Pois uma vida sexual satisfatória é, inclusive, um ótimo parâmetro para medir a qualidade de vida.

A atividade sexual é um aspecto central da existência humana durante toda a vida, não apenas na fase reprodutiva. Esta é a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) que considera o exercício da sexualidade em todas as etapas da vida essencial para quem quer envelhecer de um jeito saudável e prazeroso. “Com o envelhecimento da população brasileira é muito comum a presença de casais praticando sexo até os 80, 90 anos”, diz o médico ginecologista e obstetra Gustavo Ventura.

Fazer sexo na velhice é uma manifestação da natureza humana

“Temos que entender que somos uma espécie sexuada”, enfatiza a sexóloga clínica Adina Cismaru-Inescu, co-autora de um estudo sobre a atividade sexual em idosos belgas publicado recentemente no The Journal of Sexual Medicine. Os resultados, baseados numa amostra de 511 pessoas com idades entre 70 e 99 anos, revelaram que um terço delas é sexualmente ativa (31,3%). Eis a questão. O que está incluso nesta percepção? Contato sexual com penetração, masturbação, sexo anal e sexo oral. Já os sexualmente inativos (47,3%) relataram ter trocado ternura física, ou seja, contato íntimo, sem penetração ou masturbação, como beijos ou carícias.

Claro que o desejo sexual envolve fatores biológicos, psicológicos e socioculturais. E, com os desafios do envelhecimento, essa área da vida pode ser afetada. Nas mulheres, as mudanças hormonais da menopausa geram alterações no aparelho genital, ressecamento vaginal, redução da libido e até menor resposta orgásmica. Ao passo que nos homens há uma ligeira queda da testosterona, o que pode impactar a libido e a ereção. Contudo, essas alterações podem ser tratadas por especialistas.

A sexualidade deve ser cultivada e adaptada à cada fase da vida

Acima de tudo, o importante é saber que a sexualidade deve ser cultivada enquanto fonte de deleite e de autoestima e que ela pode se adaptar aos novos contextos de vida e de saúde conforme o tempo avança. Veja que libertador: sexo não precisa se restringir aos genitais. Bem melhor compreendê-lo como um fluxo de prazer recíproco, que proporciona bem-estar físico e emocional, além de oferecer a possibilidade de nos conectarmos mais profundamente com o nosso par.

Dar vazão à libido faz um bem enorme para o sistema circulatório, para o coração, para a imunidade, para a redução do estresse e, claro, para o humor. Não por acaso, um levantamento feito com idosos, conduzido pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostrou que para 74% dos entrevistados o sexo é fundamental no relacionamento.

5 benefícios do sexo depois dos 50 anos

Se você estiver precisando de mais argumentos para repensar sua atividade sexual depois dos 50 anos, confira abaixo cinco benefícios listados pelos especialistas:

1-Sexo faz bem ao coração: durante o ato sexual há um aumento temporário dos batimentos cardíacos. Além disso, a atividade sexual frequente ajuda a manter os níveis de estrogênio e de testosterona em equilíbrio, diminuindo o risco de doenças cardíacas. Segundo um estudo publicado no Journal of epidemiology and community health, manter relações uma ou das vezes por semana pode diminuir o risco de infartos pela metade na população acima dos 60 anos.

2-Sexo aumenta a imunidade: a atividade sexual regular contribui para a produção de certos anticorpos que ajudam a combater as infecções. Pessoas que fazem sexo uma ou duas vezes por semana têm até 30% de níveis mais elevados de imunoglobulina A, que estimula o sistema imunológico e colabora no combate de resfriados e gripe. A constatação é de pesquisadores da Universidade Wilkes, da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

3-Sexo melhora o humor: segundo pesquisa realizada pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (ProSex) a atividade melhora o humor de 63% dos homens e 72% das mulheres.

4-Sexo aumenta a longevidade: é o que mostra um estudo publicado no British Medical Journal. De acordo com o levantamento os homens que fazem sexo com frequência vivem duas vezes mais do que os que praticam raramente. A explicação está no fato de que a relação sexual mantém o coração saudável, músculos mais fortes, faz aumentar a circulação de oxigênio e traz felicidade.

5-Sexo melhora a autoestima: a razão é simples. A autoconfiança melhora por que é muito bom se sentir desejado pelo outro, principalmente nessa época da vida. E isso foi comprovado por uma pesquisa realizada na Universidade do Texas. As participantes do estudo afirmaram que a relação sexual com o parceiro fazia com que se sentissem mais confiantes em si mesmas e mais em paz com seu corpo.

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