Tem momentos que esquecemos o quão importante a educação e o acesso ao aprendizado podem impactar, não somente nós, mas a todos que estão a nosso redor e ao planeta em que vivemos.
Li recente um livro desse autor que é um dos brasileiros mais citados mundo afora e acredito que podemos refletir e pensar muito a partir de suas palavras. E mesmo que muitas pessoas não o tenham lido e confundam ou acreditem em fake-news, suas palavras sempre chegam em nós com o objetivo de “Ser mais”. E para nós que militamos pelos direitos da pessoa idosa, que bom seria encontrar “idade” em solidariedade, generosidade e amorosidade?
Digo tudo isso porque um dos princípios do Envelhecimento Ativo é a possibilidade de aprendizado ao longo da vida, entendendo que aprender é “processo” e dessa forma, nunca acaba.
É assim que podemos aprender a aprender, conhecer coisas ou funções novas e até mesmo garantir outras formas de sustento quando os anos avançam.
E mais uma coisa: não há como esse processo de aprendizado ser deslocado da realidade e sem problematizar os “porquês” de as injustiças ocorrerem. Além disso, outro quesito fundamental ao qual nossa educação não pode cair é o fatalismo de acreditar que a situação está dada e seria impossível transformar a realidade.
Se formos nesse sentido, nunca problematizaríamos as razões do idadismo e de outras discriminações como o racismo, o capacitismo, o elitismo, o machismo e também a LGBTfobia.
Volto a um dos principais legados que tal autor nos deixou: sua vontade e ensinamento de “Ser mais”, aliado também a um outro esforço: o pertencimento, uma vez que ao entendermos que todos nós pertencemos a esse planeta e também que jovens e pessoas idosas pertencem a uma mesma linha do tempo, novas relações podem ser pensadas, sem que que o oprimido objetive se transformar em opressor.
Suas palavras foram escritas no passado, mas continuam atuais e com elas vamos perguntar alguns “’porquês”’ no presente e juntos garantiremos um futuro em comunhão.
Seu nome era Paulo Freire.