O que é, e como está mudando nossa realidade?
Ah, não, de novo, não aguento mais ler sobre isso!
Te digo uma coisa: a coisa é séria, e muito mais séria do que imaginamos. Não tem como ficar de fora!
A I.A (de forma abreviada, como as pessoas têm se referido a elas) está mudando radicalmente nossa forma de trabalhar e sermos produtivos, está mudando a indústria criativa (marketing, propaganda, arte, roteiros de filmes…), está mudando empresas e suas áreas de suporte técnico e atendimento ao cliente…, sem mencionar Educação e Saúde!
Talvez seja uma revolução ainda maior do que a invenção do iPhone e da App Store, que mudou a forma como usamos um telefone móvel, mas ficou restrito ao universo da tecnologia. A I.A. transcende barreiras pela forma como pode ser usada.
Mas eu não vim aqui pagar de profetiza.
Só quero chamar a sua atenção para algo que realmente pode estar modificando todas as áreas da nossa vida, com seus benefícios e – como tudo – também com coisas não tão boas.
Após o lançamento do ChatGPT, primeira ferramenta que ficou popular para nosso para uso da inteligência artificial – e de forma gratuita – a velocidade com que as mudanças têm chegado nessa área parece brutal: já temos inclusive, poucos meses depois do lançamento do próprio ChatGPT, uma loja de chat GPTs em que alguém pode criar seu próprio GPT e colocar numa loja à venda. A loja nasceu com mais de 3 milhões de GPTs, poucos meses depois de a própria tecnologia em si ter vindo a público. São diferentes versões de I.A.s criadas pelos usuários que podem ser colocadas lá e compradas por você, por exemplo, como se fosse um aplicativo na Play Store e App Store.
Bugou né? Confundiu geral. Vamos ao início!
Mas afinal, o que é Inteligência Artificial?
Imagine a Inteligência Artificial generativa como uma espécie de artista digital que cria pinturas e músicas novas, mas sem a ajuda de um ser humano. É como se fosse um pintor ou compositor que você nunca conheceu, mas que consegue fazer obras de arte ou melodias baseadas em padrões que aprendeu ao observar muitas obras antigas. É como se alguém criasse receitas de bolo usando como inspiração todas as receitas antigas que já experimentou, mas sem precisar da ajuda de um chef de verdade.
Agora uma surpresinha para você: essa definição obtive a partir do próprio ChatGPT, em menos de 1 minuto! Foi mais rápido do que eu faria (porque embora eu saiba o que é, iria pesquisar tecnicamente as palavras certas para não fazer um desserviço a você, leitor).
Certamente a explicação ficou melhor do que qualquer outra que eu faria em tão curto espaço de tempo.
Ai, eu te pergunto: esse texto ficou bom? A meu ver ficou!
Mas teve algo que me incomodou, porque não parecia certo (e eu não coloquei no texto acima para vocês justamente por isso). Na resposta dele, ele havia escrito essa frase aqui também, que eu retirei: “E se alguém perguntar quem criou essas novas obras, você pode dizer que foi ChatGPT, a inteligência artificial por trás das ideias”.
Na minha concepção, a I.A em si não cria nada, somos nós quem criamos a partir do que ela oferece como ferramenta.
E aí é que está o grande “pulo do gato”!
Então, revelei meu incômodo para ele e pedi para ele refazer a redação e se explicar!
Eu disse ao Chat GPT o seguinte:
E aí ela me respondeu :
Ficou melhor não é mesmo? 👍
E até deu para entender melhor o que de fato ela faz! Genial.
Bom, eu mostrei essa pequena conversa com o ChatGPT para vocês, que eu gerei em minutos enquanto escrevia esse artigo, apenas para mostrar que a inteligência artificial funciona bem quando você estabelece um diálogo com ela. Ela não é fim, é meio.
A ideia é que você a use para produzir ou criar, mas não copie e cole apenas, como fiz aqui apenas para demonstrar para vocês. É preciso utilizar seu espírito crítico para avaliar a resposta dada pela ferramenta e decidir o que faz sentido usar ou, se for o caso, refazer com ela, dando um novo comando, como eu fiz aí em cima!
É legal também saber que essa conversa tem nomes específicos técnicos, que estão sendo amplamente usados: um deles é o “prompt”, que é a mesma palavra em qualquer língua (não está sendo traduzido). Prompt é o comando que você dá do que você quer ter como produto daquela criação – qual a receita do bolo que a ferramenta tem de seguir! Quanto mais específico você for, melhor será o resultado.
Esse tipo de I.A também é chamada tecnicamente de um nome grandão que você já deve ter visto por aí: “inteligência artificial generativa”. Mas poucas pessoas têm adicionado a palavra generativa no nome. Você pode simplesmente dizer I.A. e as pessoas rapidamente entendem.
E por que Generativa? Ai eu também pedi ajuda ao ChatGPT e desta vez gostei da resposta:
Um certo arrogante, não é mesmo? rsrs
Mas não vem ao caso.
E aí, como eu posso me inteirar melhor da Inteligência Artificial para meu uso próprio?
Como tudo em tecnologia, você precisa experimentar e começar a usar. Tirar a camada de resistência é o primeiro passo. A plataforma da Open Ai (empresa que criou o Chat GPT) é gratuita e aberta. Essa versão tem limitações mas você vai demorar para sentir. Quero dizer, para o uso comum do dia a dia, a sua versão gratuita rende bem mais e não limita quantidade de buscas e textos criados. Dá para brincar bastante!
Eu não acredito que a I.A vá acabar com profissões, dizimar as tarefas que os humanos fazem hoje, não há necessidade de termos medo, mas sim podem acontecer mudanças significativas. Por exemplo, o CEO da NVidia, maior fabricante de chips para I.A do mercado, disse o seguinte esses dias: “Todo mundo, em qualquer lugar do mundo agora, é um programador, este é o milagre da inteligência artificial! No mesmo discurso, ele disse que a tendência de estudar programação na infância, já não será mais tão disseminada.
Você pode ver um curta reportagem em português aqui sobre isso!
Eu concordo! Se eu posso pedir um código para a ferramenta, será que precisarei pagar tão caro para um programador? Sei que ela não vai fazer tudo sozinha, claro, alguém precisará entender um pouco do assunto para avaliar o trabalho e colocá-lo em prática. Mas será que por muito tempo?
Para mim, a parte mais interessante disso tudo é que a I.A está democratizando o universo Digital. Porque, da forma como chegou, meu nível de conhecimento sobre I.A. é igual ao seu. Nivelam-se todos.
Eu, se tenho 25 anos, vou ter de estudar/ experimentar e me interessar, igual você que tem 60, se quiser usar e me beneficiar disso! Porque é novo para todos!
Olha que imensa oportunidade de diminuição de preconceitos e democratização de conhecimento: “A divisão tecnológica foi completamente fechada!” – como disse Jensen Huang na mesma palestra! E aí, você concorda?Só vou pedir uma coisa: antes de responder, acesse esse link aqui e brinca um pouco com essa tal de inteligência artificial. Você vai se surpreender!